quarta-feira, 19 de maio de 2010

[Mangá Short] Miyuki-chan no País das Maravilhas


No embalo da Alice de Tim Burton, a JBC (Japan Brazil Connection) anunciou o lançamento de um mangá do grupo CLAMP baseado na história de Lewis Carrol.
Miyuki-chan no País das Maravilhas é uma espécie de paródia da obra clássica, feita pelo grupo CLAMP e publicada originalmente no Japão em entre 1993 e 1995. Por aqui, será lançado em volume único, devendo estar nas bancas no final deste mês.
Miyuki-chan é um mangá yuri (versão feminina do yaoi, mangá de temática gay) que conta a história da personagem-título que, atrasada para a escola, topa com uma mulher vestida de coelhinha e andando de skate. Quando um buraco se abre no chão e ambas caem, Miyuki vai parar em vários países maluco como o “País das Maravilhas”, o “País do Espelho”, o “País da TV” e o “País do Trabalho Temporário”, todoshabitados por mulheres sensuais que se sentem atraídas por Miyuki e desejam seduzi-la, envolvendo-a por meio de jogos, festinhas e brincadeiras.
Com a mão (e a cabeça) mágica do CLAMP (autoras de Guerreiras Mágicas de Rayearth, Sakura Card Captors, Chobits, Tsubasa, XXX Holic, entre tantos outros) , o mangá fez sucesso e garantiu uma adaptação para OVA (original video action). Chegou a ser publicado nos EUA em 2003 pela Tokyopop.
Depois de mangás gender bending como Otomen e Colégio Ouran e eróticos como Futari, Miyuki abre ainda mais o leque de estilos de mangás publicados no Brasil além dos clássicos shojo e shonen.

sábado, 15 de maio de 2010

[Crítica] Panique au Village

Sinopse: O Cowboy e o Índio se esqueceram do aniversário do Cavalo e, de última hora, resolvem lhe construir uma churrasqueira de presente. Mas, por engano, pedem 50.000 tijolos pela internet, ao invés de 50. E por aí vai...

Sensacional animação franco-belga-luxemburguesa, produzida a partir de bonequinhos de brinquedo plástico de bangue-bangue, de fazendinha, fundo do mar, etc. Este longa sem-noção baseado em uma série de 20 episódios de 5 minutos produzida pelo belga Canal +.
O nome original Panique au Village (“Pânico na Vila”) faz mais sentido que o nome que ganhou em inglês (“Uma Vila chamada Pânico”, já batizando o povoado), apesar de a Vila em questão só ter duas casas, um paiol, um posto policial e uma escola de música (bem distante, perdida em algum canto que não sabemos onde).
A história começa quando os amigos Cowboy e Índio decidem, de última hora, construir uma churrasqueira de presente para o Cavalo, já que esqueceram o aniversário do amigo. Sim, Cowboy e Índio dividem a mesma casa. E o Cavalo não só fala como parece ser o mais inteligente dos três. Quando o pedido de 50 tijolos vira 50.000 (graças à asa da caneca, que ficou pressionando a tecla zero e ninguém percebeu isso antes de dar um Enter na compra on-line), começam as confusões. E começam mesmo.
Nada tem a ver com nada e cada situação maluca puxa outra. Alguns animais falam, outros não. Uns tocam piano, outros são usados como munição. O Cavalo dirige carro, o Burro, um trator. O posto policial se transforma em cadeia num estalo. E, entre uma loucura e outra, qualquer pausa é motivo pra uma partida de cartas. Ou para os comentários sem-noção do Cowboy e do Índio. E o expectador vai rindo e se perguntando até onde aquilo pode ir.
É como se o locutor da Sessão da Tarde, que vive narrando “as trapalhadas e aventuras de uma turminha que apronta muita confusão”, tivesse escrito um filme. Só que com um roteiro bom.
A dinâmica entre os três protagonistas é excelente. A cada situação bizarra em que se metem, o Cavalo tenta manter o controle das coisas enquanto Cowboy e Cavalo se dispersam e vão gerando mais zorra.
A dublagem, com falas rápidas, acelera o tom da comédia e inclui as vozes dos próprios diretores (Stéphane Aubier faz o Cowboy e Vincent Patar, o Cavalo).
A animação em stop-motion foi muito bem utilizada para reforçar o tom cômico. A base plástica que sustenta as pecinhas nem sequer foi removida do Cowboy e do Índio, obrigando-os a subir as escadas de casa “sambando” para um lado e pro outro. Já em outros momentos, eles colocam roupinha de carpinteiro para pintar a casa e o Índio, que toma banho de roupa e seca seu cocar com secador, fica com as penas duras e espetadas. E o fato de serem quem são não foi esquecido: eles de fato usam seus respectivos rifle e arco-e-flecha, seja pra combater misteriosos ladrões de parede seja para aprontar mais ainda.
Pérola do humor belga.
Parafraseando o grande Obelix, “São loucos esses belgas e franceses”.
Só o trailer já é hilário e vale a pena conferir.


terça-feira, 11 de maio de 2010

[HQ Short] Lançamentos Devir.

A Devir programou para este mês cinco lançamentos de uma só vez.
Além de oitavo número de sua coleção de Luluzinha, com as tiras clássicas da menina mais feminista dos quadrinhos, e do terceiro volume de Rex Mundi, a saga mística envolvendo ambientada numa Europa onde a Igreja Católica e feiticeiros dominam o cenário político, Tarzan, Os Escapistas e o nacional Xampu estão programados para o final deste mês.
Tarzan, encadernado, trará os primeiros volumes do período em que Joe Kubert respondia pelo título, na década de 70. Consagrado pelo movimento que dava à figura humana na época, Kubert escreve uma introdução para este volume, que foi todo recolorizado.
Os Escapistas vem na onda de As Incríveis Aventuras do Escapista, lançado recentemente pela editora. Escrita por Brian K. Vaughan e Michael Chabon e desenhada por vários artistas, a história foca três quadrinhistas que tentam resgatar um antigo herói da Era de Ouro, o Escapista, uma vez que possuem o direito patrimonial de publicação de suas histórias.
Por último, Xampu, de Roger Cruz (vários trabalhos pra Marvel, DC e Image Comics), traz as história cruzadas de alguns jovens durante as décadas de 80 e 90.
Vários novos títulos em um só mês para os gostos mais variados!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

[HQ] Scott Pilgrim e Bordados

A Companhia das Letras lançou dois títulos mês passado. Títulos garantia de boa vendagem: um atrelado ao cinema e outro ao sucesso da autora.
Bordados, considerado o "Sex and the City do Irã" (hein?!) é da mesma autora da série Persépolis, Marjane Satrapi. Persépolis, lançado entre 2000 e 2001, na França, foi também publicado pela Cia. das Letras, em 2007. Com um traço simples, mas experessivo e conta a vida da autora nos tempos da Revolução Islâmica do Irã (1879). Seu olhar singular para dentro de um país tão fechado desde a Revolução e tão polêmico desde Ahmadinejad, voltou os olhos da crítica mundial para a obra. Adaptada para o cinema em 2007, foi indicada ao Oscar de Melhor animação e levou o prêmio do júri, além de ser indicado à Palma de Ouro em Cannes. Agora, Com o nome de Marjane Satrapi consolidado no mercado, chega a vez da publicação de um segundo título por aqui.
Como será ser mulher sob um regime muçulmano quase teocrático? Mulheres são mulheres (assim como seres humanos são seres humanos) em qualquer lugar do mundo e Bordados novamente nos fornece uma luneta para enxergarmos dentro do cotidiano obscuro do país dos aitolás que oprime mulheres, gays, opositores políticos, a imprensa livre e até a internet. Com tanta escuridão e conceitos pré-concebidos propagados, principalmente, pelos EUA, fica difícil ter uma ideia clara de como vivem os iranianos. Com um história baseada no que lembra de sua avó Marjane fornece algumas pistas. Sexo, fofocas, risadas e amenidades fazem parte do dia-a-dia de todas, em maior ou menor grau, e consguem sobreviver no Irã. O álbum mostra isso e garante o interesse do leitor.

Scott Pilgrim: Contra o Mundo chega um pouco antes do lançamento do longa-metragem, que deve estrear este ano. A HQ conta a história do personagem-título, um canadense de 20 e poucos anos, indolente e que leva a vida à base de videogame e sua banda de rock. Até que conhece uma entregadora da Amazon, por quem sem apaixona, e tem que enfrentar uma Liga de Ex-namorados do Mal.
A história é contada em seis partes nas HQs, mas será compilada em uma narrativa única no filme, que deve estrear dia 13 de junho (em plena temporada de estreias de verão) nos EUA. O filme conta com Chris Evans (o Tocha Humana, dos filmes do Quarteto Fantástico e futuro Capitão América) e Michael Cera (de Juno e do seriado Arrested Development (Caindo na Real, no Brasil)) no papel principal. Tem tudo para fazer sucesso entre o público adolescente.
O herói conta até já com blog exclusivo para ele, o Scott Pilgrim Brasil.



domingo, 2 de maio de 2010

[HQ Short] Gêmeos no Roda Viva.

Nesta segunda, dia 03 de maio, vão estar no centro do Roda Viva os quadrinhistas Fábio Moon e Gabriel Bá, renomados tanto aqui dentro quanto lá fora.
Apresentado por Heródoto Barbeiro, os gêmeos falaram sobre a situação dos quadrinhistas no Brasil para os entrevistadores André Forastieri, Érico Borgo (site Omelete) Paulo Ramos (blog dos Quadrinhos do portal UOL e professor de letras da Universidade Federal de São Paulo) e por Danilo Gentili (!?!). Mercado nacional, inovações, mercado americano e pioneirismo devem guiar o tema da entrevista.
Entre outros twitteiros convidados, o programa poderá ser acompanhado pela estudante de jornalismo Bárbara Vidal (@barbaravidal).
Os dois irmãos começaram com um fanzine chamado 10 pãezinhos (devido ao preço que custava) e seu talento os levou a galgar posições na carreira, lançando álbuns mais elaborados. Com o tempo, entraram para o concorridíssmo mercado amaericano. Entre outras coisas, seu O Alienista, adaptação da obra de Machado de Assis, levou o prêmio Jabuti, e o álbum 5 lhes garantiu um prêmio Eisner (o "Oscar" dos quadrinhos estadunidenses). Umbrella Academy, desenhado por Bá, também angariou um Eisner, em 2008, e deve ser adapatado para o cinema em 2012.
O Programa vai ao ar às 22:00h e, para quem não sitoniza o canal em sua cidade, haverá transmissão simultânea pelo site IPTV Cultura.



Roda Viva com Fábio Moon e Gabriel Bá
TV Cultura
03/05
22:00h

[Evento] Paulista em Quadrinhos

Maio é o mês das noivas (ok, clichê), mas na Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, é o mês dos quadrinhos. Logo no comecinho da av. Paulista, quase ali no Paraíso, o casarão preservado dos tempos áureos da região e que hoje abriga uma instituição cultural, vai unir dois dos principais temas deste blog: quadrinhos e literatura.
A programação começa neste final-de-semana e vai até o fim do mês, incluindo a Virada Cultural da capital, nos dias 15 e 16.
O destaque para este fim-de-semana é uma homenagem ao cartunista Glauco Villas Boas, com a presença de Caco Galhardo, neste domingo às 16h.
No decorrer do mês vão rolar palestras, cursos, feira de livros e HQ, exibição de curta-metragens e exposições. 
  • Entre os destaques, estão uma mesa-redonda sobre as acelaradas mudanças no mercado de quadrinhos nos dias de hoje, com a presença dos ediotres da Panini/Mythos, Devir, Conrad e Companhia das Letras, no sábado dia 22, às 15h. 
  • No mesmo dia, um pouco antes, às 13h, os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá (cereja de qualquer evento sobre quadrinhos) estarão aliando poesia  e HQ em sua palestra. 
  • Mas, e os mangás? No sábado, dia 29, o editor da JBC, Marcelo del Greco, e o tradutor da editora, Arnaldo Oka, estarão presentes para falar da (excelente) tradução dos mangás da empresa e sobre o Campeonato Mundial de Cosplay.
  • Sidney Gusman, editor do site Universo HQ e organizador do álbum MSP 50, estará no domingo, dia 23, às 15h, para falar do império que reina há 50 anos no Brasil: os quadrinhos da querida Turma da Mônica.
  • No final de semana da Virada, a Casa vai abrigar shows, saraus e teatro.
  • Dia 30, às duas, será a vez dos hermanos aregntinos comparecerem com uma palestra sobre a produção local e o lançamento de Bienvenidos, sobre o que foi produzido '.
  • Por fim, a Devir vai estar com um stand no último final de semana do mês (dias 29 e 30), encerrando o evento com uma grande variedade de títulos de livros e gibis, nacionais e importados.
A programação completa, com todas as palestras, saraus, curta-metragens e cursos pode ser acessada no site da Casa. Para as informações de local e data do evento, clique aqui no Mais Informações.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

[HQ Short ] Dungeons and Dragons em Quadrinhos


Quem curte RPG e quadrinhos, vai gostar de saber desta: a editora IDW Publishing  fechou acordo com a Hasbro (detentora de jogos como Monopoly e Jogo da Vida) e com a Wizards of The Coast (editora estadunidense do RPG) para o lançamento, em agosto, de uma HQ baseada no mundo de Dungeons and Dragons.
Para quem não se lembra ou não sabe o que é D&D (o que acho difícil, dado o foco deste blog), lembre-se de Eric, Diana, Presto, Hank, Sheila e Bob, os aventureiros do desenho Caverna do Dragão (Dungeons & Dragons, no original). O desenho da década de 80 era baseado no mundo daquele tipo de RPG. Aqui no Brasil, o desenho acabou fazendo muito mais sucesso que o jogo que originou  mundo mágico por onde o grupo de adolescentes perambulava.
Aos fãs da série: não se animem. A nova HQ não tem a ver com a famosa carismática turma juvenil. Está voltada para o ambiente de campanha dos RPGs.
O mais normal, nos casos de RPG, é o lançamento de romances como Vale do Vento Gélido (de Forgotten Realms), Dragões do Crepúsculo de Outono (Dragonlance) ou livros de clã (de storytelling Vampiro), que chegaram a ser editados no Brasil pela Devir. Agora é a vez de as editoras tentarem abocanhar o mercado da 9ª Arte, que está em pleno processo de mudança com as novas tecnologias e a decadência nas venas dos gibis de super-heróis nos EUA.
Ainda não há poisção sobre roteiristas ou desenhistas, mas sabe-se que a revista será mensal e cada número trará as fichas dos personagens para serem utilizadas em jogo. O site da IDWP garante ainda que as histórias serão baseadas nos diferentes mundos que compõem o RPG D&D, incluindo Forgotten Realms. Em janeiro, deve ser lançado um título sobre o cenário Dark Sun.
Agora, me perunto: Será que um dia sai o filme do Caverna do Dragão? ;)